Farinha de colmo jovem de bambu – Repórter Eco – TV Cultura

O mais importante programa da televisão brasileira voltado para aspectos ambientais e de sustentabilidade – o Repórter Eco, da TV Cultura, apresentou no dia 18/11/2018 uma reportagem sobre a utilização do colmo jovem de bambu como uma alternativa às fontes atuais de produção de fibras e de amido.

O bambu é uma planta de rápido crescimento e de grande rusticidade, além de ser perene, ou seja, uma vez plantado podem ser efetuadas sucessivas colheitas de colmos destinados às mais variadas aplicações. Atualmente o bambu tem sido pesquisado visando à substituição da madeira tanto para o setor da construção civil, como também para a geração de biomassa para fins energéticos, na forma de carvão ou de peletes.

Desde longo tempo já se utilizam brotos de bambus, ou seja, porções de colmos com idade inferior a 3-4 meses, na indústria alimentícia. Trata-se de um importante item nas exportações chinesas de produtos à base de bambu. O Brasil, inclusive, importa fibras de brotos de bambu para a composição com diversos produtos alimentícios.

No entanto, conforme resultados obtidos em pesquisa ainda em andamento na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), nas faculdades de Engenharia de Alimentos (FEA), de Tecnologia (FT) e de Engenharia Agrícola (FEAGRI), vislumbrou-se uma nova possibilidade para utilização do bambu na indústria alimentícia – a farinha do colmo jovem de bambu.

Observando-se a seção transversal de um colmo de bambu pode-se notar a elevada concentração de fibras nas camadas mais externas (casca, geralmente de cor esverdeada), enquanto que a demais regiões (mais amareladas) apresentam maior concentração de células parenquimáticas, nas quais se armazena o amido.

Em colmos maduros (idade superior a 3 anos) as fibras são muito duras e dificultam a moagem. Desse modo, na presente pesquisa buscou-se avaliar a adequação dos colmos jovens de bambu na produção de farinha destinada à indústria alimentícia.

O material resultante da moagem foi testado em laboratório e, a partir dos resultados obtidos, foram elaborados produtos tais como massas e cookies, os quais foram aprovados em testes de análise sensorial. Vislumbra-se, portanto, uma nova possibilidade de agregar valor econômico a produtos à base de bambu.

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http://tvcultura.com.br/videos/67330_reporter-eco-18-11-2018.html