Brotos de bambu se constituem em importante fonte alimentícia principalmente em países asiáticos. Embora os bambus brotem anualmente, apenas um limitado número de espécies apresenta colmos cujas características organolépticas fazem com que tenham aceitação pelos consumidores. Na maioria das espécies, ocorrem determinadas substâncias químicas que causam amargor aos brotos, inviabilizando-os para consumo direto pelos seres humanos.
Na exploração comercial do bambu, aguarda-se, posteriormente, que o colmo se torne maduro, de forma a poder ser utilizado em variadas aplicações, cobrindo desde seu emprego estrutural, até a elaboração de instrumentos musicais e de bicicletas. Também, de aplicação mais recente, colmos maduros tem sido destinados ao emprego na forma de “bambu engenheirado”, abrangendo o bambu laminado colado (BaLC), chapas de partículas e chapas de alta densidade.
No entanto, entre as etapas do bambu na forma de broto e até ocorrer a sua maturação, existe um nível intermediário onde o colmo já não se presta para consumo direto, por estar parcialmente lignificado, porém ainda não apresenta rigidez suficiente para ser empregado em aplicações estruturais.
Essa pesquisa pioneira buscou então utilizar o “colmo jovem de bambu”, com idade inferior a 2-3 anos, visando à sua aplicação na produção de farinha, de forma a permitir sua composição com alimentos tradicionais.
Em estudos preliminares desenvolvidos na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA – Unicamp) observou-se que determinadas espécies de bambu apresentavam um elevado teor de amido e, a maioria delas, também um levado teor de fibras não solúveis – mostrando-se uma excelente combinação para servir de fonte de matéria-prima na alimentação de pessoas obesas e diabéticas.
Embora anda reste um longo caminho a ser percorrido quando se pensa em uma aplicação industrial dessa fonte alternativa de matéria-prima, os resultados obtidos tem sido encorajadores, permitindo que uma equipe comandada pela Profa Dra Maria Teresa Clerici, da FEA.
O video refere-se à apresentação no SIBGUADUA, realizado em Guayaquil, Equador.
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https://drive.google.com/open?id=1IRLQagSVHC7vdpbANr7IWu8FaHI2g7d9
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